EU CAÇADOR DE MIM...

EU CAÇADOR DE MIM...

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

BENÇÃO DO SAMBA

É melhor ser alegre que ser triste


Alegria é a melhor coisa que existe

É assim como a luz no coração



Mas pra fazer um samba com beleza

É preciso um bocado de tristeza

É preciso um bocado de tristeza

Senão, não se faz um samba não







Senão é como amar uma mulher só linda

E daí? Uma mulher tem que ter

Qualquer coisa além de beleza

Qualquer coisa de triste

Qualquer coisa que chora

Qualquer coisa que sente saudade

Um molejo de amor machucado

Uma beleza que vem da tristeza

De se saber mulher

Feita apenas para amar

Para sofrer pelo seu amor

E pra ser só perdão







Fazer samba não é contar piada

E quem faz samba assim não é de nada

O bom samba é uma forma de oração



Porque o samba é a tristeza que balança

E a tristeza tem sempre uma esperança

A tristeza tem sempre uma esperança

De um dia não ser mais triste não







Feito essa gente que anda por aí

Brincando com a vida

Cuidado, companheiro!

A vida é pra valer

E não se engane não, tem uma só

Duas mesmo que é bom

Ninguém vai me dizer que tem

Sem provar muito bem provado

Com certidão passada em cartório do céu

E assinado embaixo: Deus

E com firma reconhecida!

A vida não é brincadeira, amigo

A vida é arte do encontro

Embora haja tanto desencontro pela vida

Há sempre uma mulher à sua espera

Com os olhos cheios de carinho

E as mãos cheias de perdão

Ponha um pouco de amor na sua vida

Como no seu samba







Ponha um pouco de amor numa cadência

E vai ver que ninguém no mundo vence

A beleza que tem um samba, não



Porque o samba nasceu lá na Bahia

E se hoje ele é branco na poesia

Se hoje ele é branco na poesia

Ele é negro demais no coração







Eu, por exemplo, o capitão do mato

Vinicius de Moraes

Poeta e diplomata

O branco mais preto do Brasil

Na linha direta de Xangô, saravá!

A bênção, Senhora

A maior ialorixá da Bahia

Terra de Caymmi e João Gilberto

A bênção, Pixinguinha

Tu que choraste na flauta

Todas as minhas mágoas de amor

A bênção, Sinhô, a benção, Cartola

A bênção, Ismael Silva

Sua bênção, Heitor dos Prazeres

A bênção, Nelson Cavaquinho

A bênção, Geraldo Pereira

A bênção, meu bom Cyro Monteiro

Você, sobrinho de Nonô

A bênção, Noel, sua bênção, Ary

A bênção, todos os grandes

Sambistas do Brasil

Branco, preto, mulato

Lindo como a pele macia de Oxum

A bênção, maestro Antonio Carlos Jobim

Parceiro e amigo querido

Que já viajaste tantas canções comigo

E ainda há tantas por viajar

A bênção, Carlinhos Lyra

Parceiro cem por cento

Você que une a ação ao sentimento

E ao pensamento

A bênção, a bênção, Baden Powell

Amigo novo, parceiro novo

Que fizeste este samba comigo

A bênção, amigo

A bênção, maestro Moacir Santos

Não és um só, és tantos como

O meu Brasil de todos os santos

Inclusive meu São Sebastião

Saravá! A bênção, que eu vou partir

Eu vou ter que dizer adeus







Ponha um pouco de amor numa cadência

E vai ver que ninguém no mundo vence

A beleza que tem um samba, não



Porque o samba nasceu lá na Bahia

E se hoje ele é branco na poesia

Se hoje ele é branco na poesia

Ele é negro demais no coração

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

"Voce Me Apareceu"


Você me apareceu

Você me apareceu

Você me apareceu

Você me apareceu

Você me apareceu

Fez o tudo virar nada

E vice-versa

Foi submersa

A azeitona na empada que era eu

Você é dona do caroço

Da azeitona da empada que comeu

Você me apareceu

Fez o nada virar tudo

Me deixou mudo

De tão tamanha

'Cê me acanha

Minha estranha

É o prazer de que sempre padeço

É do fim começo e reconheço

Que o avesso sempre esteve aqui

Minha estranha

É o engano de minha certeza

É o insano que há na beleza

A tristeza que me faz sorrir

Você me apareceu

Fez o tudo virar nada

E vice-versa

Foi submersa

A azeitona na empada que era eu

Você é dona do caroço

Da azeitona da empada que comeu

Você me apareceu

Fez o nada virar tudo

Me deixou mudo

De tão tamanha

'Cê me acanha

Minha estranha

É o prazer de que sempre padeço

É do fim começo e reconheço

Que o avesso sempre esteve aqui

Minha estranha

É o engano de minha certeza

É o insano que há na beleza

A tristeza que me faz sorrir

Você me apareceu

Você me apareceu

Você me apareceu

Você me apareceu

Você me apareceu

Fez o tudo virar nada

E vice-versa

Foi submersa

A azeitona na empada que era eu

Você é dona do caroço

Da azeitona da empada que comeu

Você me apareceu

Fez o nada virar tudo

Me deixou mudo

De tão tamanha

'Cê me acanha

Minha estranha

É o prazer de que sempre padeço

É do fim começo e reconheço

Que o avesso sempre esteve aqui

Minha estranha

É o engano de minha certeza

É o insano que há na beleza














A tristeza que me faz sorrir

sexta-feira, 13 de maio de 2011

13 DE MAIO..VIVA AOS ANCESTRAIS..VIVA A RYCHARDSON...

Hoje é um dia de lembrarmos, não só da atrocidade cometida quanto a população africana mas também da resistência do nosso povo. Posto esse video maravilhoso do Afoxé Oyalaxé, da querida Maria Helena, uma das mulheres mais marcantes  da cultura pernambucana, do candomblé nagô, que tem uma voz e um axé maravilhoso, essa canção traduz a alma da cultura negra em nossa sociedade. Viva a ancestralidade e meus respeitos a todos aqueles que vieram antes de mim, que lutaram para que o mundo fosse melhor e mais justo. Viva a nossa expressão religiosa do candomblé que após séculos ainda mantém a lingua africana tão e cada vez mais forte.....


Aproveitando os festejos desse dia, como não podia ser diferente, meu primogenito também nasceu nesse dia, hj faz 12 anos, ele é a certeza da continuação da minha vida, assim como meus ancestrais vivem em mim, nele também habita os orixás que estão na nossa história...
Nesse dia acontece a mais de 120 anos, todo dia 13 de maio, na cidade de Santo Amaro da Purificação o Bembé, é um candomblé que acontece no mercado publico da cidade, com a participação da população, das casas de santos e autoridades locais..é um belo exemplo de resistência.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Museu Indigena

Como é bom ser brasileiro, só aqui é possivel essa miscigenação, ser negro, indio , branco eu sou tudo isso... embora me identifique muito com a cultura negra, nela está minha religião, minha música, minha culinaria não posso deixar de reconhecer minha origem indigena, cabocla. Minha saudosa avó Djanira foi uma linda cabloca da ilha do Marajó, uma mulher guerreira, que viveu até o fim de seus dias bravamente, sempre viajando e rindo muito! Indigena é a origem do meu nome Imbiriba!!





 

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Saudades!!!!!!!!!!!!!!!

   Na vida as pessoas passam mas as lembranças e a verdadeira amizade permanece através das ruínas do tempo. Hoje está um dia bem calmo e nostalgico aqui na loja, a chuva cai lá fora e faz com que eu sinta falta de bons momentos, ai todos vocês me vieram a cabeça nesse momento.

Em especial meus irmãos de jornada,  os meus amigos que sempre estavam ao meu lado, Fabiana, Renata, Elizangela, Rak e Ricardo!

Foram muitos encontros...conheço a casa e familia de cada um deles, eram as horas de estudo, os saborosos lanches, agente tinha muito o que fazer ainda assim eramos felizes!!
Eles participaram de coisas muito importantes em minha vida!

Existiram momentos ilários, nossas peças, exposições, performances, eu ri muito.....

Tive no decorrer do meu cursos muitos mestres, mais algumas pessoas são hiper mega especiais..entre elas minha, além de professora, amiga, que eu amo...Mayse...saudades.. você me faz amar a arte!!. 

Minha orientadora, nossa!! como alguém pode ser tão inteligente hein? e não era só como acadêmica, mas como pessoa! a grandeza de suas atidudes mexeram comigo Mona, não esqueço que eu vacilava na minha produção e você me dizia isso apenas com o olhar, como foi nobre o caminho que vc me conduziu para que eu pudesse desenvolver minha pesquisa!! seria um presente um dia novamente dividirmos um projeto.

Foram anos de dedicação mas valeram a pena e deixaram saudades...

O gostinho da vitória é delicioso, e não posso deixar de citar alguns amigos que sempre estão na minha cabeça, minha amiga Jubenaide, Brasilina, Brito, Figuereido, Alisson, Richardson, Leila, Aninha, Rosangela, Elizangela, Ilza, Mayusa,Editone, Auricea, Jocélia, Michelle, Eloah, wdemira, Alcemir, Analine Adrianeide ah devo ter esquecido algum nome...mas a memória é fraca..

O importante pra mim é que saibam que posso não estar com vocês, mas todos moram no meu coração!! foi a saudade que me fez escrever essas breves palavras...

Felicidade a todos , boa sorte na vida e vamos fazer uma festa pra nos reencontrarmos...já faz dois anos!! beijus!!

terça-feira, 3 de maio de 2011

Metarmofose Ambulante!!

Olha que situação....eu no museu da naturalidade lendo uma reportagem sobre Raul Seixas, me identifiquei né?? sou um pouco doido e uma metramofose ambulante também...




Comendo um jacaré!!

Já que estava no amazônia não poderia deixar de comer um jacaré!! hheheh

Filhos de Gandhy 2011

Foi lindo meu bloco, mas uma ano de paz e coisas boas, levei  um mascote esse ano!! foi muito bom!!ah fui entrevistado!! ai vai meu video hehhe!!
Alguma fotos da ilha de Cutijuba!!




Praias amazônicas...é incrivel como os rios do norte são tão grandes como mares, aonde não se vê seu fim, e até onda eles tem...adoro! é mais gostoso se afogar em águas doces ehehe!

domingo, 1 de maio de 2011

Belém do Pará

   Depois de quase vinte anos, volto a terra de meus pais, linda cidade, que mesmo a modernidade não consegue apagar seus traços naturais, o açai, as frutas exóticas, os peixes, os rios, a chuva que cai todas as tardes, o vatapá e o caruru paraense...     Já não me lembrava o que é ter família grande, tios e primos, os que na minha infancia eram minha referência para minha adolescência hoje estão gordos e casados, mas, o tempo não acabou destruindo aqueles laços que foram construidos em nossa infancia.
   Foi um mês entre a cidade de Belém, as praias de Icoaraci e Outeiro, a maravilhosa ilha de Cutijuba. O tempo foi pouco pra rever tudo... por isso tenho  certeza que em breve voltarei...

Não sonho mais (Chico Buarque)


Hoje eu sonhei contigo, tanta desdita, amor nem te digo
Tanto castigo que eu tava aflita de te contar
Foi um sonho medonho desses que às vezes a gente sonha
E baba na fronha, e se urina toda e quer sufocar
Meu amor vi chegando um trem de candango
Formando um bando mas que era um bando de orangotango pra te pegar
Vinha nego humilhado, vinha morto-vivo, vinha flagelado
De tudo que é lado vinha um bom motivo pra te esfolar
Quanto mais tu corria mais tu ficava, mais atolava
Mais te sujava, amor, tu fedia, empesteava o ar
Tu que foi tão valente chorou pra gente, pediu piedade
E, olha que maldade, me deu vontade de gargalhar
Ao pé da ribanceira acabou-se a liça e escarrei-te inteira
A tua carniça e tinha justiça nesse escarrar
Te rasgamo a carcaça, descendo a ripa, viramo as tripas
Comendo os ovos, ai, e aquele povo pôs-se a cantar
Foi um sonho medonho desses que às vezes a gente sonha
E baba na fronha e se urina toda e já não tem paz
Pois eu sonhei contigo e caí da cama
Ai, amor, não briga, ai, não me castiga
Ai diz que me ama e eu não sonho mais.

Bicho de setes cabeças

Não dá pé, não tem pé nem cabeça
Não tem ninguém que mereça, não tem coração que esqueça
Não tem jeito mesmo
Não tem dó no peito, não tem nem talvez
Ter feito o que você me fez, desapareça
Cresça e desapareça
Não tem dó no peito, não tem jeito
Não tem coração que esqueça
Não tem ninguém que mereça
Não tem pé, não tem cabeça
Não dá pé, não é direito
Não foi nada, eu não fiz nada disso e você fez um
Bicho de sete cabeças
Não dá pé, não tem pé nem cabeça
Não tem ninguém que mereça, não tem coração que esqueça
Não tem jeito mesmo
Não tem dó no peito, não tem nem talvez
Ter feito o que você me fez, desapareça
Cresça e desapareça
Não tem dó no peito, não tem jeito
Não tem ninguém que mereça, não tem coração que esqueça
Não tem pé, não tem cabeça
Não dá pé, não é direito
Não foi nada, eu não fiz nada disso e você fez um
Bicho de sete cabeças